Maio é mês de combate ao melanoma: alerta para prevenção e diagnóstico precoce

Maio é mês de combate ao melanoma: alerta para prevenção e diagnóstico precoce

No mês de maio, intensificam-se as campanhas de conscientização sobre o melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. A data tem como objetivo alertar a população sobre os riscos da exposição solar sem proteção, incentivar o diagnóstico precoce e promover o cuidado com a saúde da pele.

O melanoma se origina nos melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina — o pigmento que dá cor à pele. Embora represente cerca de 3% dos cânceres de pele, é o que apresenta maior taxa de mortalidade, principalmente quando descoberto em estágios avançados. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 8 mil novos casos de melanoma por ano no Brasil.

No Pará, as estimativas mais recentes do INCA indicam cerca de 50 novos casos por ano, sendo 30 em homens e 20 em mulheres. A taxa bruta de incidência no estado é de 0,54 casos por 100 mil habitantes. Embora os números sejam considerados baixos em comparação com outros tipos de câncer, especialistas reforçam a necessidade de atenção constante, especialmente em regiões de alta exposição solar como a Amazônia.

“Como na nossa região não existe inverno rigoroso como em outras regiões do país, é essencial manter o uso diário do protetor solar, inclusive em dias nublados ou chuvosos”, explica a dermatologista Caroline Palheta.

Pessoas que trabalham ao ar livre — como vendedores ambulantes, pescadores, agricultores, operários e entregadores — merecem atenção especial. A exposição solar contínua sem proteção adequada aumenta significativamente o risco de desenvolver câncer de pele. Nesses casos, é fundamental o uso de protetor solar de reaplicação frequente, além de roupas com proteção UV, bonés ou chapéus de aba larga, óculos escuros e, sempre que possível, pausas em locais cobertos e sombreados.

A principal causa do melanoma está ligada à exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV), tanto do sol quanto de fontes artificiais, como câmaras de bronzeamento — cujo uso é proibido no Brasil. Fatores genéticos, histórico familiar e presença de muitas pintas ou sinais atípicos também aumentam o risco.

“O melanoma pode se desenvolver a partir de uma pinta já existente ou surgir como uma nova mancha escura na pele. Por isso, é fundamental que as pessoas conheçam bem o próprio corpo e fiquem atentas a qualquer alteração”, reforça a médica. “Mudanças na cor, tamanho, bordas ou sangramentos são sinais de alerta.”

O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento. “Quando detectado nos estágios iniciais, o melanoma tem grandes chances de cura com a retirada cirúrgica da lesão. Mas, se houver metástase, o tratamento pode incluir imunoterapia, radioterapia e quimioterapia, com resultados mais limitados”, complementa Caroline Palheta.

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