Centro Cultural Banco da Amazônia celebra a diversidade e a força da cultura amazônica
Aqui se respira cultura. Com esse lema, o Centro Cultural Banco da Amazônia abriu as portas para a sociedade amazônida e para o mundo, na noite de quinta-feira (9), com uma cerimônia marcada por emoção e pela valorização das artes, da inovação e da diversidade. Instalado no prédio sede do Banco, na avenida Presidente Vargas, o novo espaço tem estrutura moderna e acessível, com programação gratuita. A exposição de estreia, “Mandela – Ícone Mundial de Reconciliação”, promovida pelo Instituto Brasil África (Ibraf) em parceria com a Fundação Nelson Mandela, de Joanesburgo, na África do Sul, já está em cartaz.
A cerimônia de inauguração contou com a presença do governador do Pará, Helder Barbalho, da primeira-dama Daniela Barbalho, do presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, da representante do Ministério da Cultura, Telma Saraiva dos Santos, da deputada federal Elcione Barbalho, da secretária de Cultura Ursula Vidal, além de diretores do Banco, autoridades, artistas, produtores culturais e convidados.
Em seu pronunciamento, o governador Helder Barbalho ressaltou o papel do Centro Cultural como referência na capital paraense e ponto de valorização da diversidade amazônica. “Belém ganha mais um espaço cultural, reafirmando seu papel como capital da Amazônia. É a celebração da nossa diversidade e da força da cultura paraense, que precisa ser mostrada para o Brasil e para o mundo”, destacou o governador.
Helder também falou da importância da iniciativa no contexto atual de transformação social e econômica do Pará, com a capital se preparando para sediar, em novembro, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). “O Banco da Amazônia, ao promover essa iniciativa, mostra conexão com o nosso povo e compromisso com o desenvolvimento social. A cultura é parte essencial desse processo. Estamos às vésperas do Círio e seguimos juntos construindo um novo tempo para o Pará, para Belém e para toda a Amazônia. Viva a cultura do Pará!”, afirmou.
Papel social
O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, destacou que o Centro Cultural representa um avanço importante no papel social da instituição, que durante 24 anos manteve uma pequena sala de exposições para atender aos artistas regionais, o Espaço Cultural do Banco da Amazônia, e agora oferece um ambiente digno do talento e da capacidade criativa dos produtores de cultura da região Norte do país. “Saímos de uma sala de 40 metros quadrados para inaugurar um Centro Cultural à altura do que o Banco da Amazônia representa para a região”, afirmou Lessa.
Segundo o presidente do Banco da Amazônia, a iniciativa expressa o propósito da instituição. “Nossa missão não é apenas conceder crédito. Levar desenvolvimento para a Amazônia também passa por investir na cultura, no social, na valorização da nossa identidade”, disse.
A coordenadora do Escritório do Ministério da Cultura no Pará, Telma Saraiva dos Santos, representando a ministra Margareth Menezes, disse que o Centro Cultural amplia os horizontes artísticos regionais. “Para mim, que sou artista visual, é uma imensa felicidade ter mais uma galeria de arte no Pará. É mais um espaço para nossos artistas que falam da Amazônia”, afirmou.
O evento de inauguração do Centro Cultural se encerrou com apresentações musicais. Entre as atrações, o violonista Salomão Habib.
Agente de transformação
O Centro Cultural reafirma o compromisso do Banco da Amazônia de ser um agente de transformação da economia e da cultura. É o primeiro espaço cultural da região amazônica vinculado a uma instituição financeira de economia mista do Governo Federal. São quatro mil metros quadrados adaptados para o funcionamento de três galerias, biblioteca, minilab de inteligência artificial, seis salas de oficina, restaurante e café.
Com um investimento de R$ 30 milhões de reais, o Centro Cultural Banco da Amazônia se torna um dos mais bem equipados espaços para a divulgação da produção artística da Amazônia e do Brasil, assinalou o presidente Luiz Lessa. “A cultura da região Norte é muito forte e precisa ser conhecida no mundo inteiro. O Centro Cultural coloca Belém na rota do turismo internacional”, afirmou.
No próximo dia 15 de outubro, o Banco da Amazônia lança o edital para pautas de ocupação do Centro Cultural. E como forma de valorização, haverá bonificações aos expositores da região amazônica.
Serviço
Centro Cultural Banco da Amazônia. Exposição “Mandela – Ícone Mundial de Reconciliação”.
Endereço: Avenida Presidente Vargas com rua Carlos Gomes, Belém (PA).
Horário de funcionamento: em outubro, segunda a sexta-feira, das 14h às 20h;
Novembro, terça a domingo, das 10h às 19h.
Entrada gratuita.
Exposição destaca a luta antirracista de líder sul-africano
A exposição que inaugura o Centro Cultural Banco da Amazônia, “Mandela – Ícone Mundial de Reconciliação”, promovida pelo Instituto Brasil África (Ibraf) em parceria com a Fundação Nelson Mandela, de Joanesburgo, na África do Sul, celebra a vida e o legado de Nelson Mandela, líder sul-africano que lutou contra o racismo e por justiça social. Em 50 painéis fotográficos e uma instalação audiovisual, a mostra internacional narra a trajetória de Nelson Mandela – a infância, a luta contra o apartheid, os 27 anos de prisão e a eleição como primeiro presidente negro da África do Sul.
O projeto busca valorizar as culturas afro-brasileira e africana, destacando as contribuições de líderes globais na defesa dos direitos humanos, afirmou Ruth Helena Lima, gerente de Marketing e Comunicação do Banco da Amazônia. “A iniciativa reforça a importância do diálogo intercultural e da diversidade como pilares para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, convidando o público a refletir sobre os desafios e avanços na promoção da igualdade e reconciliação no Brasil e no mundo”, assinalou.
O fundador e presidente do Instituto Brasil África (Ibraf), João Bosco Monte, disse que é um grande privilégio para o Ibraf inaugurar o Centro Cultural Banco da Amazônia, em Belém, com a exposição sobre Nelson Mandela. “É um momento muito especial. Os visitantes que virão ao Banco da Amazônia saberão um pouco da vida de Nelson Mandela, o homem que mudou a história da África do Sul, do continente africano e que impactou o mundo”, disse.
Segundo Monte, a trajetória de vida e as lutas de Nelson Mandela se afinam ao contexto histórico de Belém, do Pará e do Brasil nesse momento de discussões da COP30, a conferência global das Nações Unidas sobre mudanças climáticas. “A reconciliação – tema principal da exposição – é o que esperamos que sirva de inspiração para as pessoas que visitam Belém e a exposição”, assinalou.
Artistas e gestores culturais elogiam criação do Centro Cultural
Artistas, incentivadores, produtores e gestores culturais participaram da cerimônia de inauguração do Centro Cultural Banco da Amazônia, na quinta-feira (9), e elogiaram a iniciativa. Inaugurado com a exposição “Mandela – Ícone Mundial de Reconciliação”, promovida pelo Instituto Brasil África (Ibraf) em parceria com a Fundação Nelson Mandela, o Centro Cultural Banco da Amazônia terá programação voltada para a difusão das artes, da cultura e da inovação regionais, sempre com eventos gratuitos.
A secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal, disse que a cidade de Belém ganhou mais um belíssimo equipamento dedicado às artes. “Cidade vibrante que está vivendo dias históricos, nossa Belém ganha novos espaços que valorizam a cultura e nosso patrimônio”, postou Ursula nas redes sociais, ainda durante o evento.
O superintendente da Sudam (Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia), Paulo Rocha, também marcou presença na inauguração do Centro Cultural Banco da Amazônia. Para ele, a criação do Centro Cultural carimba a ousada política da instituição em favor da Amazônia. “O Banco em si, na sua história, já representa muito para o processo de desenvolvimento da nossa região. E hoje, também a cultura é a alma da nossa região”, afirmou.
Paulo Rocha disse que o desenvolvimento sustentável envolve diferentes aspectos, entre os quais está o incentivo às tradições culturais amazônicas. “É preciso uma interação do Banco da Amazônia com a Sudam para pensarmos qual é a Amazônia que nós queremos. Nós queremos desenvolvimento social, mas também queremos cultura e valorização das artes”, assinalou.
A cantora e compositora Sandra Duailibe disse que o Centro Cultural já é um marco de referência na capital paraense e na região amazônica. “Ter este espaço, renovado, representa muita esperança para o povo e para a cidade, gerando mais ocupação e renda e condições para os artistas se manifestarem”, afirmou.
Sandra também destacou a iniciativa como fundamental para incentivar o turismo na Amazônia. “Para o turismo, eu só vejo pontos positivos. Contem com os músicos e com os artistas. Parabéns e vida longa para o nosso Centro Cultural”, assinalou.
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