Educação bilíngue avança no Brasil e fortalece nova geração de crianças fluentes em Belém
O ensino bilíngue segue em expansão no Brasil, impulsionado pela busca de famílias por uma formação mais global e conectada às exigências do século XXI. Segundo a Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (ABEBI), o país já conta com mais de 1,2 mil instituições com programas bilíngues, e o setor cresce, em média, 6% ao ano. Em Belém, uma das iniciativas que têm se destacado é a da Escola Canadense, inaugurada em janeiro deste ano.
A escola adota um modelo de imersão em que a língua inglesa é utilizada como meio de instrução, ou seja, os conteúdos escolares são apresentados em inglês de forma natural e contextualizada, e não apenas como uma disciplina separada. Segundo Caroline Aguiar, diretora da instituição, isso permite que o idioma seja adquirido de maneira espontânea e prazerosa. “O inglês está presente nas histórias, nas brincadeiras, nas rodas de conversa e nos projetos. A criança aprende se expressando, vivenciando situações reais, e não apenas decorando regras. A aquisição da língua acontece de forma lúdica e afetiva, respeitando o ritmo de cada criança.”
Além do domínio do inglês, o foco da escola está na formação integral das crianças. Caroline explica que a proposta pedagógica valoriza o protagonismo infantil, incentivando a curiosidade, a autonomia e o pensamento crítico desde cedo. “Nossas crianças são encorajadas a explorar, perguntar, argumentar, errar e refletir. Elas são protagonistas do próprio aprendizado, e isso faz toda a diferença na construção de cidadãos mais críticos, sensíveis e preparados.”
Outro pilar da Canadense é o desenvolvimento socioemocional. A escola investe em práticas que ajudam os alunos a identificar emoções, resolver conflitos com respeito e criar vínculos saudáveis. “A escuta, o acolhimento e a construção de um ambiente seguro fazem parte do nosso dia a dia. Acreditamos que aprender também é um processo emocional”, reforça Caroline.
Com Belém se preparando para sediar a COP 30 em 2025, a relevância do bilinguismo no cenário local também ganha destaque. Para a diretora, esse movimento internacional torna ainda mais evidente a importância de preparar desde cedo crianças capazes de dialogar com o mundo. “A COP traz para Belém um olhar internacional, e isso mostra como é urgente formar crianças que saibam dialogar com o mundo. O bilinguismo amplia horizontes, repertório e consciência cultural. E isso começa agora, na sala de aula.”
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