Fevereiro Roxo: quais os benefícios do exercício físico no tratamento das doenças autoimunes
A campanha Fevereiro Roxo tem como objetivo conscientizar a população sobre o lúpus e a fibromialgia, doenças autoimunes que afetam milhões de brasileiros. Essas enfermidades afetam o sistema imunológico do organismo, atacando as células saudáveis, o que gera consequências físicas e mentais. A prática de atividade física é utilizada como uma das estratégias de tratamento, pois promove autoestima e bem-estar.
De acordo com a fisioterapeuta da Hapvida, Izadora Negrão, os exercícios físicos trazem uma série de benefícios. “Pode ajudar a reduzir a dor e a inflamação associada a doenças autoimunes, como a artrite reumatoide que afeta as articulações, assim como a manter ou aumentar a força muscular e a flexibilidade, o que é especialmente importante para pacientes com esse tipo de condição, pois afetam os músculos, como a miastenia gravis”, explica.
Além das melhorias físicas, a atividade física influencia a saúde mental em portadores de doenças autoimunes. “Conseguimos notar uma redução do estresse, da ansiedade e da depressão. O humor, a autoestima e a confiança são aumentados, pois os pacientes passam a se sentir mais seguros e confiantes”, ressalta a fisioterapeuta.
De modo geral, o ato de se exercitar auxilia na saúde como um todo. “O controle do peso é essencial nesse tipo de condição, pois as doenças autoimunes podem afetar o metabolismo, como a doença de Hashimoto por exemplo. No caso da doença de lúpus, há um risco de afetar o coração, e a atividade física reduz as chances de desenvolver doenças cardíacas. A osteoporose é uma complicação frequente de doenças inflamatórias autoimunes, e o exercício físico atua na melhoria da densidade óssea”, pontua a especialista.
A recomendação para o início da prática de atividades físicas não só para portadores de doenças autoimunes, mas para qualquer tipo de condição, é sempre procurar um médico. “É ele que vai orientar o paciente quanto a escolher os exercícios que sejam adequados para sua condição e nível de habilidade. É importante também começar devagar e aumentar gradualmente a intensidade e a duração. Encontrar um parceiro de treino ou um grupo de apoio para ajudar a manter a motivação e a responsabilidade também é essencial”, orienta.
Dentre as atividades mais recomendadas, segundo a fisioterapeuta, estão: caminhada, natação, ciclismo, yoga, pilates, treinamento de força, treinamento de resistência, alongamento e Taichi. “Independente de qual modalidade for escolhida, todos os exercícios devem ser feitos com acompanhamento profissional, pois, para cada tipo de doença autoimune, há uma restrição que precisa de atenção especializada, como no caso do lúpus, no qual devem ser evitadas atividades que envolvam exposição solar ou estresse excessivo”, finaliza.
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