Infraestrutura em debate na COP30 – modelos sustentáveis para o desenvolvimento da região

Infraestrutura em debate na COP30 – modelos sustentáveis para o desenvolvimento da região

Buscando dar visibilidade a modelos já adotados – e que podem ser replicados – bem como buscar possíveis novos caminhos, o Banco da Amazônia recebeu no seu espaço na Green Zone especialistas, estudantes, profissionais do setor, lideranças empresariais e representantes de diversas instituições, para um dia de debates sobre o tema, reforçando a crescente demanda por conhecimento sobre tecnologias de descarbonização e modelos replicáveis no território amazônico.

As discussões mostraram que a descarbonização só avança quando é acompanhada de investimentos estruturantes, entre eles, o saneamento, que prepara territórios para receber projetos de energia renovável, reduz emissões e melhora a qualidade de vida das comunidades.

“Os investimentos em saneamento que transformam a realidade em diversas cidades na região amazônica”, explicou a diretora de Sustentabilidade da Águas do Pará, Adriana Albanese que trouxe o caso da Vila da Barca, em Belém, onde 5 mil moradores passaram a receber água potável regularmente após a implantação de 2,3 km de redes elevadas em apenas três meses. Iniciativa foi financiada pelo Banco da Amazônia e evidencia como infraestrutura básica cria condições para saúde, adaptação climática e, sobretudo, para a implementação de soluções energéticas modernas em áreas historicamente vulneráveis.

Especialistas também discutiram o papel do financiamento sustentável na viabilização de projetos que exigem escala e continuidade — ponto central para transformar inovação em impacto real.

O diretor de Crédito do Banco da Amazônia, Roberto Schwartz, reforçou esse ponto ao destacar que o financiamento sustentável é o motor que viabiliza as transformações apresentadas. “Quando diferentes empresas acreditam que o banco pode ajudar a transformar o que está no papel em realidade, isso vira impacto concreto. Esse é o poder transformador do financiamento sustentável”, disse. Para ele, a integração entre tecnologia, capital e articulação institucional é o que garante que os projetos cheguem efetivamente às comunidades amazônicas.

Energia

Além do saneamento, inovação e baterias de íons-lítio, microgeração solar e tecnologias limpas voltadas para comunidades isoladas da região estiveram em debate. O executivo Wilson Ferreira Júnior, presidente do Conselho de Administração da Matrix Energia, por exemplo, apresentou aplicações de baterias de íons-lítio capazes de reduzir custos, estabilizar o fornecimento de energia e substituir geradores a diesel, ainda muito comuns na região. “Com placas solares e baterias, você carrega durante o dia e utiliza à noite. A comunidade ganha autonomia energética e abandona o diesel. É uma solução limpa, eficiente e replicável”, explicou. Parte dessas iniciativas recebeu apoio financeiro do Banco da Amazônia, permitindo sua implantação prática.

No mesmo painel, Flávio Carminati, presidente da Juparanã, reforçou que o financiamento é um dos principais motores da transição energética. “O Banco da Amazônia foi o primeiro com quem fiz uma operação financeira, e essa parceria cresceu porque viabiliza projetos reais. Isso mostra como o apoio financeiro é determinante para iniciativas estruturais”, disse.

A forte presença de público ao longo de toda a programação indicou grande interesse pelos temas discutidos. Para Nélio Gusmão, Gerente Executivo de Crédito Corporate do Banco da Amazônia, o movimento no Pavilhão reforça que a transição energética já é uma realidade em curso. “Foi um momento de muita troca e descoberta. Trouxemos clientes que já estão operando soluções de descarbonização na região, mostrando que a transição energética não é apenas discurso, ela já está acontecendo”, afirmou.

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