“Me sinto uma heroína”, diz trabalhadora da limpeza urbana de Belém no Dia do Gari

“Me sinto uma heroína”, diz trabalhadora da limpeza urbana de Belém no Dia do Gari

No dia 16 de maio, quando se comemora o Dia do Gari, a história de Dayne Mafra ganha ainda mais força. Aos 28 anos, ela afirma se sentir uma heroína todas as vezes que vê a Praça da República limpa, local onde trabalha diariamente. “Quando eu passo em um lugar que está sujo e, quando eu volto e vi que eu limpei, eu me sinto uma heroína e vejo a diferença que eu faço no dia a dia”, conta, com orgulho.

Dayne é gari na Ciclus Amazônia, empresa responsável pela gestão de resíduos sólidos da capital paraense, que aproveita a data para prestar uma homenagem pública aos profissionais que fazem da limpeza urbana uma missão diária. Sob sol forte ou chuva intensa, enquanto a maioria da população ainda dorme ou já encerrou o expediente, os garis estão nas ruas de Belém, garantindo o bem-estar e a saúde coletiva.

“Minha rotina de trabalho é como a de qualquer outro trabalhador. Eu começo às sete horas e largo às quatro horas da tarde. Eu varro, coleto e levo o lixo para que outra equipe venha e possa recolher aquele lixo, dando uma destinação correta para ele”, explica Dayne. E completa: “Me sinto grata por ter pessoas que falam comigo, me dão bom dia. Ser gari em Belém é saber que você está fazendo um trabalho que ajuda a melhorar a cidade”, defende.

Dayne comenta sobre o reconhecimento que recebe nas ruas. “Tem pessoas que chegam com a gente lá na praça e falam: ‘Pessoal, o trabalho de vocês está excelente. Estou gostando de ver’. Isso é muito gratificante”, afirma a colaboradora da Ciclus Amazônia, ao deixar um pedido às pessoas: “Diga não ao lixo no chão!”.

Apesar do sentimento de gratidão, Dayne também fala sobre o preconceito que a categoria enfrenta. “Tem pessoas que não valorizam a gente. Que acham que, por a gente trabalhar na rua com lixo, também somos lixo. O nosso trabalho é digno e honesto, como todos os outros”, afirma.

“Nunca me imaginei atuar como gari, porque eu sou bombeira civil e professora de jiu-jitsu, mas foi uma experiência muito boa que aconteceu na minha vida”, diz Dayne. “Me sinto em um trabalho excelente, e que eu gosto, porque as pessoas chegam e falam comigo e me elogiam, reconhecendo o que estou fazendo”, declara.

Trabalhadores mantêm a cidade viva

Essa dignidade é reforçada pelo gerente geral de Operações da Ciclus Amazônia, Teodoro Rodrigues. “O gari é a base de tudo. São eles que executam, que enfrentam o dia a dia nas ruas. Eles não apenas limpam; eles mantêm a cidade viva, funcional. São essenciais”, assegura.

Com a coleta funcionando em regime 24 horas, a limpeza urbana exige planejamento, logística e, acima de tudo, o comprometimento das equipes. “O gari está no centro de todo esse sistema de gestão de resíduos sólidos, e reconhecer o seu papel é fundamental diante do tamanho da contribuição que oferecem à cidade”, reforça Teodoro.

Mais do que equipamentos, é a força humana que move a limpeza urbana. Por isso, a Ciclus Amazônia investe em programas de alfabetização, desenvolvimento, segurança e valorização dos colaboradores. “Nosso papel como empresa é criar as melhores condições possíveis para que esses profissionais exerçam seu trabalho com dignidade, segurança e respeito”, afirma Bruno Muehlbauer, diretor-presidente de Resíduos da Ciclus Ambiental.

O reconhecimento, como lembra Bruno, é essencial. “O Dia do Gari é mais do que uma data simbólica. É um momento de lembrar que, enquanto a cidade descansa, há mãos que varrem, recolhem, higienizam e transformam. Nosso mais profundo respeito e gratidão. O trabalho de vocês promove mudanças na cidade todos os dias”, finaliza Muehlbauer.

Sobre a Ciclus Amazônia

A Ciclus Amazônia, empresa da Ciclus Ambiental, pertencente ao Grupo Simpar, é responsável pela gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos de Belém (PA). Realiza a coleta, varrição, destinação ambientalmente correta, implantação de ecopontos e locais de entrega voluntária, a recuperação do Aurá, a inserção sustentável de catadores, a implantação de estação de transferência de resíduos (ETR) e a implantação de uma nova central de tratamento e valorização ambiental de resíduos (CTR). A concessão terá duração de 30 anos e receberá investimento da ordem de R$ 900 milhões. Na prestação dos serviços, 2.300 colaboradores têm atuado com o suporte de 250 equipamentos dedicados a todos os serviços, os quais foram disponibilizados desde o primeiro dia do contrato.

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